FAZENDA SãO ROQUE

A Fazenda São Roque foi fundada em princípios do século XIX pelo Tenente Antônio da Costa Franco, através
da concessão de sua sesmaria, datada de 31 de outubro de 1803. A esta fazenda, o Tenente Antonio da Costa
Franco deu o nome de São Roque, provavelmente em homenagem ao seu pai, Roque da Costa Franco.
O local escolhido para a instalação da sede da propriedade foi uma várzea localizada às margens de um córrego
que faz a sua barra a poucos metros do Rio Paraíba do Sul. Estrategicamente localizado, o Solar de São Roque
foi construído numa elevação que domina toda a planície fronteira à fazenda, ocupada, na sua maioria, por um
imenso terreiro de café sustentado por muros de arrimo em pedra seca.
Do lado direito de quem a observa de frente, um correr de construções, um pouco abaixo do solar, provavelmente
as antigas senzalas. Estas edificações, que não existem mais, podem ser observadas em fotos do arquivo do
IPHAN. Do lado oposto, bem mais abaixo, junto ao córrego, diversas construções que provavelmente formam
os engenhos, tulhas, cevas, tenda do ferreiro, casa de farinha, casa de tropa etc. Hoje só existem algumas
ruínas.
Sobre o fundador de São Roque, pouco ou quase nada se sabe. Apenas que era carioca e, na cidade de São
Sebastião do Rio de Janeiro, tinha casa comercial, possuindo patente militar de tenente. Casou-se com Dona
Helena Maria d’Assunpção, que em alguns documentos assinava Elena, e com ela teve dois filhos: Thereza
Maria d’Assunpção e Manoel da Costa Franco.
Thereza Maria casou-se com o tio, João da Costa Franco e Almeida, e Manoel – que era mais jovem que a
irmã e trabalhava com o pai em São Roque –, depois da morte da mãe casou-se com Matilde Amália da Costa
Franco, com quem teve três filhos, e herdou a fazenda dos pais.