FAZENDA DAS PALMAS

Uma das pioneiras na cultura do café no Vale do Paraíba, a Fazenda das Palmas surgiu entre o final do século
XVIII e início do XIX. Teria sido fundada por Bento Luiz de Oliveira Braga.
Oliveira Braga foi proprietário também do importante Engenho da Posse, em Nossa Senhora da Apresentação
do Irajá, bem como dos engenhos de Nazaré, em Santo Antônio do Jacotinga, Sapopemba e Caioaba, além de
mais três sítios e uma olaria, todos situados na Baixada Fluminense. Basicamente eram engenhos de plantação
de cana-de-açúcar.
Casou-se pela primeira vez com a meia irmã Francisca Casemira Xavier de Veras, falecida em 1797. Bento Luiz
de Oliveira Braga casou-se então com Francisca Mariana de Oliveira Coutinho, com quem teve filhos1
.
Com o desenvolvimento da cultura do café a partir do início do século XIX, Bento Luiz passou a investir em suas
fazendas no Vale do Paraíba, a das Palmas, localizada em Sacra Família do Tinguá, e a das Cruzes, localizada
às margens do Rio Paraíba do Sul2
. Palmas e Cruzes possuíam enormes extensões de terras, ultrapassavam
cada uma, mais de sesmaria de meia-légua em quadra, ou seja, 900 alqueires geométricos de terras. Isso
comprova a importância que Bento Luiz de Oliveira Braga deveria possuir junto à Coroa, pois, poucos eram os
contemplados com tamanha área de terras no Vale do Paraíba3
.
Bento Luiz de Oliveira Braga faleceu em 1814, e D. Francisca Mariana casou-se, pela segunda vez, com
ninguém menos que o poderoso conselheiro José Clemente Pereira. A respeito da divisão das terras situadas
em Vassouras, temos que a Fazenda das Cruzes, ficou com a viúva D. Francisca Mariana e a das Palmas ficou
com os filhos do casal.
Durante anos, a Fazenda das Palmas foi arrendada pelos herdeiros de Oliveira Braga a diversas pessoas. Em
1855, a parte norte da fazenda, na Serra do Mata Cães, estava arrendada ao cidadão Tiberino Gomes Sardinha,
e outra porção, pouco mais ao sul, a outros