FAZENDA SANTA CECìLIA

A primeira moradia desta fazenda foi construída na margem direita do Ribeirão de Sant’Ana, aproximadamente
em 1771, por Manoel de Azevedo Mattos, já viúvo, para onde se mudou com seus dois filhos, Ignacio (então
com 29 anos e acompanhado de sua mulher Francisca), e Anna de Jesus.
A segunda moradia, na margem esquerda do Ribeirão Sant’Ana, foi construída em 1780 por Manoel de Azevedo
Mattos, onde passou a morar com filhos e netos, pois Ignacio já tinha 7 filhos nesta época. Essa morada é que
passou a ser usada a denominação de Fazenda da Piedade.
Em 1788, morreu Manoel de Azevedo Mattos, deixando como herdeiros Ignacio de Sousa Werneck, que herdou
a Fazenda da Piedade, com as duas moradias, anos mais tarde registrada em mapas como Sesmaria do Padre
Wernek; Manoel de Azevedo Ramos, que herdou a sesmaria do Sacco, contígua à sesmaria da Piedade; e
Anna de Jesus, que herdou a sesmaria de Monçores, que talvez ficasse à beira do caminho do Azevedo, aberto
por seu pai.
Em 1822, morreu o Padre Wernek na Fazenda da Piedade que é dividida, separando-se as duas históricas
moradias. Assim a primeira moradia, com terras, ficou para o filho caçula, José de Souza Wernek, que a vendeu
ao vizinho, Francisco Peixoto de Lacerda Brum, que a anexou a sua fazenda, a vizinha de São José. Já a
segunda das moradias, a Fazenda da Piedade, ficou para a filha, Ana Mathilde Werneck, casada com Francisco
Peixoto de Lacerda.
Em 1848, morreu Francisco Peixoto de Lacerda, já viúvo. Herdeiro único, Francisco Peixoto de Lacerda Wernek
(futuro Barão do Paty do Alferes ), que comprou do primo, Francisco Peixoto de Lacerda Brum as terras e a
primeira moradia e recompôs a Fazenda da Piedade do tempo de seu bisavô, Manoel de Azevedo Mattos. É a
fazenda base do Barão do Paty do Alferes, embora este morasse na Fazenda de Monte Alegre.
Francisco Peixoto de Lacerda Werneck, acrescentou, a partir de 1853, o alpendre e iniciou a reforma no corpo
central da casa, entre 1867 e 1870. Seu genro, o Visconde de Arcozelo, completou a reforma, criando o que se
convencionou chamar de terceira moradia, com corpo e alpendre neoclássicos.
Até 1891, a Fazenda da Piedade (completa) ficou com a família Werneck. O último, Major Luiz Werneck Teixeira
de Castro, filho do Visconde Arcozelo, a vendeu para o Coronel Joaquim Ribeiro de Avellar.