Fazenda do Secretário

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Uma das maiores produtoras de café do século XIX.
Chegou a possuir 500.000 pés de café e 366 escravos.
Pertenceu ao avô materno de Eufrásia Teixeira Leite e a Laureano Corrêa e Castro, agraciado com o título nobiliárquico de Barão do Campo Belo




O Tour consiste em visitar à fazenda iniciando pelo seu esplendoroso jardim e posteriormente à Casa Grande, onde é contada a história da Fazenda do Secretário, além de informações sobre o mobiliário existente e objetos. Durante a visita será servido na cozinha, um delicioso café, suco e bolos.
(Obs.: Mínimo 12 pax)

Sobressai a arquitetura neoclássica da moradia, influenciada pela introdução do estilo no Brasil, justamente
quando a construção do palacete estava prestes a acontecer. Excepcional no acabamento, os dois frontões
triangulares nas extremidades da fachada sugerem a sua divisão em três corpos. O da direita, o da capela.
O da esquerda, abrigando a parte íntima da casa em cima e os serviços em baixo. E o do meio, nos dois
pavimentos, os ricos salões ornados com pinturas decorativas ou com as paredes revestidas de papel. Fronteiro
à casa, o grande relógio francês sobre a torre marca o passar do tempo até os dias de hoje...
A Fazenda do Secretário é o melhor exemplo de solar rural cafeeiro em estilo neoclássico existente no Brasil. Possui vários aposentos: uma escadaria importada da Europa em madeira de lei, capela, salão de baile e salas de jantar com pinturas do catalão José Maria Villaronga, conhecido por suas obras em estilo "trompe d`oeil", uma das características da decoração interior das fazendas do Vale do Paraíba. Os jardins, com sua extraordinária beleza e dimensão, possuem estátuas em ferro fundido da famosa fundição Barbezat & Co., localizada no Vale d’Osne. A Fazenda do Secretário foi retratada por Vitor Frond, renomado pintor, e já serviu de cenário para várias produções da TV Globo, como as minisséries "Os Maias" e "Os Quintos dos Infernos" e a novela das seis, “Além do Tempo”.

Secretário originou-se de uma sesmaria concedida, em 1743, a Pedro Saldanha e Albuquerque, logo transferida
a Bartolomeu Machado Ferreira e Manuel Gomes Leal. Este último teria levantado a primeira casa de residência, ainda modesta e que daria lugar mais tarde ao palacete. Consta que o nome da fazenda se deve a um dos seus donos primitivos, que, por longo tempo, foi secretário do governador da capitania. Mas o grande senhor da Fazenda Secretário foi Laureano Correia e Castro, agraciado com o título nobiliárquico de barão do Campo Belo. Foi ele quem mandou edificar a bela casa e os primorosos jardins, monumentos que resistiram ao tempo. Foi Campo Belo que cobriu de cafezais os extensos campos da fazenda, famosa pela fertilidade da terra e produtividade da lavoura, realizações que fizeram de Secretário a mais importante de Vassouras durante o ciclo. O interior é descrito nos inventários com mobiliário com guarnição francesa estofada, espelhos altos com vistosa moldura dourada. Sobre o mármore das mesas e consoles assentavam jarras de fina porcelana e candelabros de bronze com mangas de cristal lavrado. Na sala de jantar, uma mesa com quarenta e oito lugares, quatro aparadores e um relógio-armário de corda à manivela. Três caixas de faqueiro de prata e duas caixas de um menor em prata dourada, cinquenta e seis pratos de prata lavrada, outros vinte e quatro lisos, quinze travessas, saladeiras, mocheiras, fruteiras, tudo em prata, davam o tom do principesco rol de utensílios da fazenda.
Em Vassouras, vila criada em 1833 e elevada à categoria de cidade em 1857, Campo Belo se destacou como uma das figuras mais proeminentes. Ele e seus irmãos herdaram fortuna construída no ouro das Minas por seu pai, mas, ao invés de a dissiparem no gasto supérfluo da cidade, fizeram-na crescer na lavoura. Ao irmão Antônio, barão do Tinguá, caberia a honra de hospedar o imperador D. Pedro II na visita a Vassouras, em 1848. Laureano foi comandante da Guarda Nacional, da qual diria o historiador Inácio Raposo: “Nas longas filas dos batalhões da Guarda Nacional em grande uniforme e habitualmente comandado por Laureano Correia e Castro, cujo garbo militar impressionava a quantos tinham ensejo de vê-lo erguido sobre um corcel fogoso a dirigir tropas”.
O barão de Campo Belo faleceu em Vassouras no ano de 1861. Sua viúva e o filho primogênito Cristóvão Correia
e Castro o sucederiam na fazenda. A necessidade de aperfeiçoar as lavouras de café, de adquirir maquinário eficiente e de pagar dívidas contraídas na compra de outras fazendas levou os donos a hipotecar a Secretário ao Banco do Brasil. Cristóvão, homem de qualidades iguais às do pai, logrou saldar grande parte da dívida, mas antes que a quitasse, foi alcançado pela abolição da escravatura e o fim do ciclo do café. Vive-se aí a fase triste da história da fazenda. Em 1905, já morto Cristóvão, seu filho e herdeiro, Júlio Correia e Castro, consegue a renovação da hipoteca, mas, sem possibilidade de resgatá-la, perde a fazenda em 1908, transferida pelo credor a Georges Payen, em 1912. Desde então, Secretário pertenceria sucessivamente a Damphna Josephine Berthe Boogaests, Geraldo Rocha, Rural Colonização S/A e Mario Kroeff. “Kroeff, proprietário de 1952 a 1986, promoveu a divisão das terras pelos filhos, mantendo a casa, as benfeitorias e 15 alqueires geométricos de área...”.

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